O governo palestino aguarda com ansiedade a análise do seu pedido de inclusão como membro do grupo de países que compõem as Nações Unidas. O Conselho de Segurança da entidade está reunido para emitir o parecer que, parece ser, a maior contenda política dos tempos modernos na seara diplomática internacional.
A ONU decidiu em 1948 que a Palestina seria dividida ao meio para se instalar o Estado de Israel, criando enorme celeuma à época. A União Soviética e os países árabes discordaram veementemente da proposta norte-americana. A escolha da Palestina, violações à parte, deu-se por motivos antropológicos, sociológicos e religiosos, pois os judeus viviam naquele território há cerca de 2000 anos, de onde foram expulsos e desde então vagavam pela diáspora.
Em 1917, Lord Balfour, o secretário inglês para os Negócios Estrangeiros, fez publicar a Declaração Balfour, em que apoiava a imigração de judeus para a Palestina e o estabelecimento de um "lar nacional para o povo judeu" na região, afirmando que "nada será feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não judaicas existentes”. A Grã-Bretanha teve, obviamente, dificuldade de conciliar esta declaração com a estratégia que estava a seguir, no Médio Oriente, de uma aliança com os potentados árabes na guerra contra o Império Otomano.
A partir do início do século XX muitos grupos de judeus que viviam em diversas partes do mundo iniciaram o retorno àquela região, aumentando sistematicamente durante a segunda grande guerra, alternativa que encontraram para fugir da perseguição do nazi-fascismo.
Com o término da guerra, os judeus intensificaram as reivindicações por um estado judeu, pressionando a recém-nascida ONU, com o apoio dos EUA e de diversos países ocidentais e vencedores do conflito. Além das vinculações históricas, interessava aos ocidentais que se criasse um país não-islâmico naquela região.
Após a divisão da Palestina, Israel invadiu a outra parte, que hoje são os territórios ocupados e aniquilou as possibilidades da criação da pátria palestina.
O povo palestino desde então vive na diáspora, reivindicando a mesma coisa que os judeus reclamavam e foram atendidos. A origem deste conflito nos remete a tempos imemoriais e tem a cidade de Jerusalém como principal ponto de discórdia entre os dois povos.
Vale a pena lembrar que o Estado Palestino é reconhecido por 131 países membros das Nações Unidas, inclusive pelo Vaticano. É de se lamentar que os interesses das grandes nações sejam uma cunha no processo de paz tão necessário àquela região, onde, as crianças ao invés de admirar pássaros, acompanham mísseis e aviões de caça em seus céus. Os bombardeios são assustadores e nenhuma mãe sabe se seu filho retornará para o jantar.
Pobre Jesus Cristo, que tanto sofreu para nos salvar, vendo tamanha insensatez e incompreensão na terra em que nasceu, viveu e morreu.
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