Para desespero e perplexidade dos neonazistas, a angolana Leila Lopes, conquistou público e júri e foi eleita Miss Universo 2011 no concurso realizado em São Paulo no último dia 12 de setembro. Leila recebeu a coroa e a faixa da mexicana Ximena Navarrete, a Miss Universo 2010.
Única negra a estar entre as finalistas - e quarta integrante do continente africano a vencer o concurso -, Leila falou sobre os ataques racistas que as candidatas do continente africano sofreram no Brasil, através de sites neonazistas: "Felizmente o racismo não me atinge. Acho que os racistas precisam procurar ajuda, não é normal em pleno século XXI ainda pensarem dessa forma. Devemos todos nos respeitar, independente da raça, do sexo e do meio social", disse.
O Diamante Negro, como é conhecida em seu país, prometeu utilizar a coroa e sua influência na luta contra a AIDS, que é o principal projeto de Angola. A preferida do público superou a ucraniana Olesia Stefano, segunda colocada e a brasileira Priscilla Machado em terceiro. Completaram o TOP 5 a Miss Filipinas Shamcey Supsup e a chinesa Luo Zilin. A posição pluriétnica das cinco primeiras finalistas mostram que houve uma mudança provavelmente definitiva no padrão eurocêntrico que sempre predominou esse tipo de concurso.
O povo brasileiro deu uma resposta á altura para os doentes e ensandecidos neonazistas, que apregoavam os atributos das candidatas europeias em detrimento das candidatas não-brancas que concorriam ao título. Espero que o próximo concurso explique para o mundo que a diferença de cor da pele e outras diferenças genéticas são apenas meras adaptações às mudanças climáticas que os primeiros grupos humanos que saíram da África há 50.000 anos.
Empenhados na busca por territórios menos agressivos para viverem, os primeiros grupos humanos da África partiram em diversas direções no planeta. Um alcançou a Austrália, o outro Ásia Central, que se dividiu em dois, uma para a Europa, e a outro cruzou o Estreito de Bering, chegando à América.
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