Existem coisas que fazem a vida valer à pena. Às vezes somos surpreendidos com novas situações, tão inesperadas que parecem ser desígnios de Deus.
Falo de minha súbita vinda para Congonhas, cidade histórica de Minas Gerais, onde o patrimônio histórico é grandioso, do tamanho de sua história e de seu povo.
Em Congonhas o barroco salta aos nossos olhos, nos extasiando com maravilhas como os “Profetas do Aleijadinho”, pinturas e altares nos interiores das igrejas centenárias.
Tenho o privilégio de viver nesta cidade, onde a calma e a quietude das montanhas, se contrapõem à velocidade frenética da atividade de mineração.
Em Congonhas vivemos em dois mundos. Em alguns momentos estamos encantados com o soar dos sinos chamando os romeiros, como disse certa vez Carlos Drummond de Andrade. Enquanto ao mesmo tempo, almoçamos em restaurantes repletos de estrangeiros que trabalham direta ou indiretamente em nossas minas, no ventre de nossas montanhas, arrancando dali o mineral que construirá navios, pontes e infindáveis itens que serão utilizados pela humanidade.
Congonhas às vezes nos remete para o mundo de Alice, onde, aparecem em nossas vidas o gato, o homem de lata e o coelho. É tão intensa a atmosfera dessa cidade, que nos pegamos perguntando para alguns, que caminho deveríamos seguir....sem sabermos ao certo onde gostaríamos de chegar...
A natureza é belíssima e constante. Nem sempre admiramos como deveríamos. Aí ela nos olha com indulgência, pobres mortais corredores...sempre esbaforidos....sem ao menos olhar para o encantamento absurdo e surdo que a todos nos envolve.
Como um carioca da zona sul veio parar aqui? Pergunta que me fazem e que me faço, sem encontrar uma resposta que me contente. Acho que estava procurando minha paz, uma paz verdadeira, que só encontro aqui.
Estava em busca de amigos verdadeiros (que aqui encontrei), aqueles que passam em minha casa, no domingo, às sete da manhã, me convidando para o futebol. Estava em busca de mulheres sábias, tranqüilas e companheiras. Qualidades que somente se encontram reunidas na mulher mineira.
Em Congonhas encontrei coisas maravilhosas que procurava e que a cidade grande não nos oferece mais: feira da roça, criar galinhas, ir à missa obedecendo à convocação dos sinos, comprar fiado na bodega, tomar banho de rio e sacolejar no forró nas noites de sábado.
Ainda me emociono com a lua cheia de Congonhas derramando seu manto prateado sobre os Profetas e a Basílica do Bom Jesus. Emociono-me com o ranger dos carros de boi, com as vaquejadas, Folia de Reis e o Congado. Amo participar das rodas de viola sertaneja, onde a roça, a boiada e o sertão se evadem de nossas gargantas, rumo ao céu, espalhando-se no ar, emocionando as estrelas.
Congonhas... te amo e te venero.
Falo de minha súbita vinda para Congonhas, cidade histórica de Minas Gerais, onde o patrimônio histórico é grandioso, do tamanho de sua história e de seu povo.
Em Congonhas o barroco salta aos nossos olhos, nos extasiando com maravilhas como os “Profetas do Aleijadinho”, pinturas e altares nos interiores das igrejas centenárias.
Tenho o privilégio de viver nesta cidade, onde a calma e a quietude das montanhas, se contrapõem à velocidade frenética da atividade de mineração.
Em Congonhas vivemos em dois mundos. Em alguns momentos estamos encantados com o soar dos sinos chamando os romeiros, como disse certa vez Carlos Drummond de Andrade. Enquanto ao mesmo tempo, almoçamos em restaurantes repletos de estrangeiros que trabalham direta ou indiretamente em nossas minas, no ventre de nossas montanhas, arrancando dali o mineral que construirá navios, pontes e infindáveis itens que serão utilizados pela humanidade.
Congonhas às vezes nos remete para o mundo de Alice, onde, aparecem em nossas vidas o gato, o homem de lata e o coelho. É tão intensa a atmosfera dessa cidade, que nos pegamos perguntando para alguns, que caminho deveríamos seguir....sem sabermos ao certo onde gostaríamos de chegar...
A natureza é belíssima e constante. Nem sempre admiramos como deveríamos. Aí ela nos olha com indulgência, pobres mortais corredores...sempre esbaforidos....sem ao menos olhar para o encantamento absurdo e surdo que a todos nos envolve.
Como um carioca da zona sul veio parar aqui? Pergunta que me fazem e que me faço, sem encontrar uma resposta que me contente. Acho que estava procurando minha paz, uma paz verdadeira, que só encontro aqui.
Estava em busca de amigos verdadeiros (que aqui encontrei), aqueles que passam em minha casa, no domingo, às sete da manhã, me convidando para o futebol. Estava em busca de mulheres sábias, tranqüilas e companheiras. Qualidades que somente se encontram reunidas na mulher mineira.
Em Congonhas encontrei coisas maravilhosas que procurava e que a cidade grande não nos oferece mais: feira da roça, criar galinhas, ir à missa obedecendo à convocação dos sinos, comprar fiado na bodega, tomar banho de rio e sacolejar no forró nas noites de sábado.
Ainda me emociono com a lua cheia de Congonhas derramando seu manto prateado sobre os Profetas e a Basílica do Bom Jesus. Emociono-me com o ranger dos carros de boi, com as vaquejadas, Folia de Reis e o Congado. Amo participar das rodas de viola sertaneja, onde a roça, a boiada e o sertão se evadem de nossas gargantas, rumo ao céu, espalhando-se no ar, emocionando as estrelas.
Congonhas... te amo e te venero.
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